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O que nos faz ser quem somos? Será que existe algo inerente em cada um que nos torna únicos ou semelhantes aos demais? Neste episódio do Papo Cético, Estrela, Bryan e Pablo conversam sobre os conceitos de Essencialismo e Ontologia, enquanto debatem os limites do Método Indutivo, começando com a discussão sobre o Navio de Teseu, passando pelos impactos dessas questões nas ciências naturais e humanas e inclusive com discussões sociais sobre preconceito, culminando com a tentativa de compreender quem somos nós. A final, café sem cafeína é ainda café? Cerveja sem álcool, perde sua essência? E será que existe algo que torna o humano essencialmente humano?
Duração: 47 minutos
Comentado no episódio:
Oi pessoal! Adoro quando pessoas explicam ciência! <3 excelente programa!
Como eu sou geóloga e me especializei em datação por urânio, senti a necessidade de dar uma informação que a gente não aprende na escola: Todos os isótopos de urânio são, na verdade, radioativos. A diferença fundamental entre eles é a meia vida.
O de menor meia vida é (se não me engano) o de massa 220, com cerca de 60 nanossegundos (e tem, vários outros que costumam ser desconsiderados por terem a meia vida muito curta, em escala de nanossegundos a dias ou mesmo que tenham a meia vida mais longa, não existem em abundância significativa).
O 235 é o que sempre aprendemos que é radioativo e o que é necessário para fazer usinas nucleares e bombas, ele tem a meia vida de 704 milhões de anos. Ele representa ~0.7% de todo o urânio da Terra.
O 238 é o que aprendemos que é estável, ele na verdade também é radioativo, só não o suficiente para ser usado em um reator ou bomba, mas é muito usado na datação de rochas. Sua meia vida é de ~4.5 Bilhões de anos (bem próximo da idade da Terra). Ele também é o mais abundante, representando pouco menos de 99.3% de todo o urânio da Terra.
Obrigado pela informação!! <3