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Neste episódio do Papo Lendário, Leonardo, Nilda Alcarinquë, e o convidado Andriolli Costa conversam sobre o Saci
Conheça o projeto “O Colecionado de Sacis”
Veja como nosso folclore pode ser bem utilizado.
Conheça mais sobre esse trickster nacional.
Musica Final: Saci – Detonator
Baixando!!!
Muito obrigado pelo convite, pessoal! Foi um baita papo legal. Espero que gostem de saber mais sobre o saci. Abcs!
Muito legal seu trabalho cara. Parabéns!
Valeu, Leandro! Curte a gente lá em fb.com/colecionadordesacis !
Muito bom!
Eu concordo plenamente que precisamos valorizar nosso folclore (até prestei um singela homenagem em meu facebook no dia 22 de agosto), mas é isso. Quase ninguém lembra dessa data. Poderíamos ter nosso próprio Halloween. Mas tentar fazer o dia do Saci em 31 de outubro parece “recalque”.
Pois é, com o Dia do Saci em 31 de Outubro anula o 22 de agosto que é o Dia do Folclore? Porque de uns tempos pra cá desde que começou a falar do Dia do Saci todo mundo ignora 22 de agosto.
Eu costumo dizer que dizer que dizer que não precisa de dia do Saci porque já temos o dia do Folclore, é tipo dizer que não precisa de São João porquê já tem dia de todos os santos 😛
Pois é, queria as duas datas. Queria dia do Lobisomem também 🙁
Lobisomem é importação lusitana, que nem o Samba, a feijoada e o Carnaval… 😛
Sobre feijoada ser coisa importada a não nacional, tem um episódio do Comida Histórica em que isso é abordado lindamente:
http://debatehistorico.com.br//?s=feijoada
XD
Qual o nome do autor que você falou do elefante e arara, christopher alguma coisa…
É o Cristopher Kastensmidt, da saga A bandeira do elefante e da arara!
Olá Pablo
Não considero recalque, mas sim uma forma de parar com esta mania nacional de valorizar coisas de fora em detrimento das nacionais.
Parece coisa boba, mas a partir deste movimento festas do Saci estão sendo feitas, lendas e crenças estão sendo resgatadas. Como movimento de resgate acredito que estas iniciativas foram muito positivas.
Inclusive para se exigir respeito com outras festas. Já vejo pessoas distribuindo doces no dia de Cosme e Damião enfrentando preconceitos contra esta data de forma muito mais incisiva.
Me pergunto sempre se usar elementos do folclore nacional nesta data não seria uma forma de ter o nosso próprio Halloween, só que usando elementos e um nome que fazem sentido pra nossa cultura.
Particularmente tenho dificuldades até pra escrever o nome desta festa, e espero que você a tenha escrito de forma correta, porque precisei copiar do seu comentário. Já Saci e Boitatá sei escrever desde pequena.
abraço
Concordo com tudo o que disse, mas precisa ser no mesmo dia do Halloween? O que quis dizer é que quase ninguém dá a mínima pro dia do Folclore, muitos até pensam que o boitatá é um bovino, mas quando chega dia 31 de outubro, criticam qualquer um que demonstre o mínimo de simpatia pela data anglo-saxônica. Realmente, existem os hipsters que acham que tudo o que é de fora é melhor. Agora, acredito que poderíamos ter festas à fantasia em 22 de agosto e, nada impede ninguém de se fantasiar de um personagem brasileiro numa festa em outubro. Valeu pelo comentário! Abraço!
Oi, Pablo! Escrevi um post no medium sobre isso. Basicamente, argumento que não é recalque porque são objetos de natureza diferente. O Halloween celebra o cinema, a literatura de terror, com um lastro quase perdido do antigo Samahin celta frente ao calendário do mercado. Celebrar o saci, por outro lado, é nos lembrar o tempo todo de quem somos. E isso, mais que importante, é necessário.
https://medium.com/@andriolli:disqus /saci-para-qu%C3%AA-e186a93e7253#.bpl8j7ke0
Não sei como a história do Saci aparecer num redemoinho começou, mas uma vez estava indo pra faculdade, já era noite e de repente um pé de vento se formou bem na minha frente. Meu sangue gelou por um segundo ao ver um vulto diante de mim, mas logo notei que era minha própria sombra refletida nas partículas de poeira no ar. Fato verídico!
Adorei demais esse podcast, me lembrou muito minha infância e muito do que me fazia adorar tanto o Sítio do Picapau Amarelo e das aventuras que eu vivia no espírito do Sítio. Concordo muito com tudo que foi dito. Fico muito revoltado quando falam que o nosso folclore é infantilizado por culpa do Monteiro Lobato (e a “solução” é fazer versões bombadas estilo God of War deles). Aliás, o livro O Saci foi muito assustador na minha infância. O lobisomem descrito lá é absolutamente grotesco!
Animal o episódio!!
Eu fiz um tuíte com Saci e fui retuitado pelo Colecionador, hehe.
Agora um comentário meio doido: há histórias envolvendo tricksters que passam a ideia de que a fixação de uma deidade ou personagem na cultura e a disseminação dela na cabeça das pessoas acaba trazendo à existência a energia desse ser.
Temos muita gente falando disso no que tange o Coringa, absolutamente todos os atores que o interpretaram tem histórias estranhas pra contar sobre a experiência. Por mais que essa lenda tenha virado parte da cultura pop e eu suspeite que está sendo usada de maneira exagerada com o Leto para divulgar o filme, é algo que ouvimos falar faz tempo.
Será que esse aspecto poderia ser aplicado ao Saci, especialmente no imaginário das pessoas mais velhas ou do interior, de modo que houvesse essa existência e manifestação metafísica do mesmo na forma de coisas estranhas acontecendo (por mais que seja pelo poder de auto sugestão, sob um olhar mais cético)?
Abraços!
Curti demais essa ideia!
Caramba, que episódio foda!!! Acho que o folclore Brasileiro deveria sim ser mais explorado, e ser mantido vivo!!! Achei massa quando ele citou o André Vianco, autor que sou fã e que ja li bastante, e o que me atrai muito na obra dele é que ele ambienta as coisas aqui no Brasil, tornando mais próximo da gente!!!
Ótimo episódio… Uma história interessante: aqui no RJ quando eu era criança tinha o “homem do saco” que passava levando as criancas travessas num saco de lixo e quando eu cresci reparei que na época da moda dos vidros fumê a história mudou pra “carro de vidro preto” que também levava as criancas…
A famosa Kombi que pega criança né.
Ótimo e surpreendente episódio. Foi bem mais divertido e informativo que esperava, olhando só pelo título. Começa pela performance do convidado, que é um contador de histórias carismático, daquele que cativa a audiência de uma maneira que faz falta nestes dias. E passa pela pauta, condução e envolvimento muito bacana dos demais. Exploraram bem as diversas facetas do nosso amigo saltitante e temas próximos. Parabéns.
Só gostaria de dar um pitaco quanto a um dos assuntos abordados. Apesar do encantamento lúdico e poético, produzido pelas crendices populares, é bom não esquecer que crendices também têm outras facetas, algumas com consequências terríveis, como https://www.rt.com/news/319474-papua-new-guinea-witchcraft-women/ . Ou seja, sou mais a idéia de praticar o ceticismo e a educação ao mesmo tempo que reconhece, valoriza e se encanta pelo poder de nossos mitos.
Ou, nas palavras de um cráçico moderno, nunca vá full…
https://www.youtube.com/watch?v=oAKG-kbKeIo
Excelente! O folclore brasileiro é muito subestimado, porém é dos mais ricos. Poderia ser aproveitado na cultura pop, tal qual os japoneses, por exemplo, o fazem com seus onis, kitsunes e etc.
Excelente. Quem diria que o folclore brasileiro podia ser tão interesante
Lembro que quando tinha uns 10 anos de idade estava em um bar com meu pai e meu irmão, e estava acontecendo um incêndio na Sera dos Órgãos que era visível em Itaboraí onde eu moro. A mãe do dono do bar, tava olhando pra língua de fogo na serra e falando pra gente que foi o Saci que fez aquilo. Eu sempre aprendi na escola que o Saci ajuda a proteger a mata, e achava muito estranho aquela senhora falar aquilo. E ela falava com uma certeza que assustava um pouco. Ouvindo no podcast sobre as várias atribuições que o Saci recebeu ao longo dos anos, consigo entender melhor aquela senhora.
Excelente episódio, lembro quando eu era criança minha tia avó tinha um quadro do preto velho, perguntei se aquele moço era o pai do saci, ela disse que era kkkk.
curiosamente eu tbm tinha essa impressão quando via um quadro de preto velho. ahahahaha Mas nunca arrisquei perguntar.
Olá pessoal! Gostei do papo, muito divertido e descontraído. Nunca imaginei que houvessem tantos tipos de Sacis assim! Achei bem interessante mesmo. Aqui em casa costumamos dizer que tem uma família de Sacis que roubam nossas meias. Sim, é isso mesmo, aqui em casa o Saci rouba pé de meia. Quando some o par, dizemos que ele levou um presente para ‘Sacia’ (não sabemos o feminino de Saci, então criamos, rsrsrs). Bom, posso afirmar que recentemente os Sacis daqui renovaram a coleção de meias, ahahah Ah, não moro no interior, moro em SP mesmo. No Interior, em Socorro, ouvi dizer que o Saci costumava andar pela mata perto das cachoeiras fazendo as pessoas se perderem e os rodamoinhos na água seriam os Sacis fazendo reunião ou festa. Bom, é isso. Gostei bastante mesmo do tema. Forte abraço a todos!
Muito bom o episódio! Parabéns a equipe do mitografias e ao convidado pelo trabalho.
Vocês conhecem o livro Escola de Sacis de DJ Carvalho? Eu li em 2007 em Campinas e achei muito bom, ótimo jeito de popularizar os mitos brasileiros nesses tempos modernos. https://www.skoob.com.br/escola-de-sacis-66026ed72899.html