O Faraó, como rei do Egito sempre precisou de proteções poderosas, já que devotava sua energia para a proteção e edificação do país. De fato, nada mais justo que as duas Deusas protetoras do Alto e do Baixo Egito, do vale e do delta Nilo se encarregassem disso: Eram a serpente de nome Uadjit e a deusa Abutre Nekhebet.
Juntas representavam a totalidade das duas terras, no diadema real do Faraó (o Uraeus), este presente principalmente na dupla coroa.
Seus aspectos eram variados, mas a proteção de Uadjit era mais perceptível, pois era representada como uma serpente com a garganta inchada de chamas, visando destruir os adversários do Faraó. Era a personificação da vida rude junto aos caniços e pântanos do delta do rio Nilo.
Ao mesmo tempo, a deusa Nekhebet velava de forma mais maternal o rei do duplo país, já que seu símbolo era o abutre fêmea, ave caçadora famosa por jamais abandonar seus filhotes. Esse aspecto maternal era a personificação da doçura do alto Egito, onde o Nilo a terra era fértil e bela.
Juntas e usadas em conjunto com as coroas, tinham o papel cerimonial de defender o Faraó das forças do mal.