Primeira versão da lenda:
Os chineses acreditavam que existiam dez sóis, um para cada dia da semana( a semana chinesa possuía dez dias).
Cada dia os dez sóis viajavam com sua mãe a deusa Xi-He, até o vale da luz, chegando lá, Xi-He lavava seus filhos no lago e os colocava nos ramos de uma árvore de moreira chamada Fu-Sang. Desde a árvore apenas um sol fazia a viagem, só um aparecia no céu até alcançar o monte Yen-Tzu no oeste, e depois de um dia voltava para junto dos irmãos no vale da luz, e esperavam que sua mãe Xi-He levasse o outro sol para a viagem no céu.
Cansados dessa rotina, os dez sóis decidiram aparecer todos juntos. O calor que eles formaram era tanto que transformava a vida na terra insuportável. Para prevenir a destruição da terra, o imperador Yao pediu a Di-Jun, o pai dos dez sóis, que convencesse seus filhos a aparecer apenas uma vez cada.
Eles não o escutaram, então Di-Jun mandou o arqueiro Yi, armado com um arco e dez flechas para que assustasse aos sóis desobedientes. No entanto Yi, atirou apenas nove flechas, e apenas um sol restou, o que nós conhecemos hoje, Di-Jun estava tão triste pela morte de seus filhos que condenou a Yi a viver como um mortal comum na terra.
Segunda versão:
Segundo esta versão, Yi era um homem muito conhecido em seu tempo por sua inigualável destreza no manejo do arco e flecha. Em sua época apareceram dez sóis cujos raios foram letais para muitas plantas e em conseqüência disso muitos campos foram perdidos. Também, terríveis bestas pisoteavam ferozmente tudo que encontrassem em seus caminhos, estes monstros causaram imensos destroços e danos à população. Para solucionar tamanho desastre Yi pegou seu arco e disparou nove flechas com as quais derrubou os nove sóis. Depois enfrentou todos os monstros e os derrotou. Por estas valentes obras, Yi foi respeitado como um deus.