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Nesse episódio do Manual dos Monstros, conheça o mito da Medusa, uma das mais clássicas criaturas da mitologia grega.
Criação, roteiro e edição: Leonardo
Revisão: Nilda
Locução Narrativa: Marcela Ponce de Leon
Conheça também o podcast da Marcela, o Baseados em Fatos Surreais. E acompanhe nas redes sociais pela hashtag #mulherespodcasters.
Apesar de ainda não ter parado para ouvir a maioria, estou gostando da diversidade de podcasts do Mitografias: PL, PC, MM…
É uma boa iniciativa comentar sobre os monstros que povoam o imaginário mitológico, A medusa é tão famosa quanto desconhecida pelo grande público. Desconhecida no tocante á sua história, que pode ser interpretada no contexto atual como uma punição à mulher pelo fato dela ser mulher e ter cometido um pecado e sofrer a pior exclusão possível no contexto humano. Famosa pela imagem icônica das serpentes que substituem seus cabelos.
A medusa é também um dos casos raros de fetiche e horror (não me lembro de nenhum outro monstro que desperte tais sentimentos) pois além de ser um monstro-mulher, seu isolamento e solidão provocam fascínio no imaginário popular, sendo retratada às vezes como monstro, às vezes como uma criatura fantástica, hipersexualizada,
Sobre os poderes de “petrificação”, é possivel fazer uma analogia com a paixão, que os homens sentem por determinadas mulheres, que faz com que ele pense em nada alem dela, torne-se um escravo de seu próprio desejo possessivo de um ideal que ele projetou no ser feminino que contempla.
Daí temos uma mistura de fascínio e horror: a contemplação do feminino visto pelo olhar doentio da paixão, que seduz e destrói.
Bom podcast.
O Alexandre, ótimo comentário. De fato, a Medusa representa bem essa união de fetiche e horror, talvez tenhamos um pouco disso com as Sereias e a Equidna, mas enquanto as primeiras focam na ideia de hipnotizar o homem (isso quando falamos estritamente das gregas antropofagicas), a segunda, a mãe dos monstros, não tem muito bem conhecida o seu lado sensual, ainda que tenha (me aprofundo nisso no episódio dela). Ou seja, a Medusa ainda é o melhor exemplo, explicando o quanto vemos suas representações mais recente focando em sua sensualidade.
E você mostrou bem como podemos re-interpretar a imagem de um mito.
Espero que goste dos próximos episódios.