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Nesse episódio do Manual dos Monstros, conheça o mito da Equidna, um dos mais importantes monstros da mitologia grega.
Criação, roteiro e edição: Leonardo
Revisão: Nilda
Locução Narrativa: Marcela Ponce de Leon
Conheça também o podcast da Marcela, o Baseados em Fatos Surreais. E acompanhe nas redes sociais pela hashtag #mulherespodcasters.
Ótima narração
A Equidna pode ser facilmente colocada como um monstro daqueles que representa o último desafio do herói, com aspecto terrível e assustador, enquadrando-se na ameaça final genérica.
Entretanto, como a Medusa, ela carrega muitos simbolismos de erotismo e fetiche também. Nas imagens que pude verificar, existem os extremos da representação da criatura. Ora retratada como monstro, ora mulher-monstro, com contornos femininos muito acentuados, sensualizados. Por tratar-se da “Mãe dos Monstros”, esqueceu-se aqui o seu “lado materno”, que poderia ser bem explorado visualmente, representado por mães do tipo possessiva, indiferente, dominadora, castradora, enfim, enfocando o lado negativo da maternidade. Ao que parece, o arquétipo materno foi relegado em prol da fantasia do monstro ou da mulher monstro, com formas eróticas e sensuais, o que é uma pena, pois o horror do ser humano à maternidade, em seus aspectos negativos, tanto como filho, como pai ou como mãe mesmo, renderia muito ao mito tratado aqui.
Como leigo, gostaria de saber se em algum momento, a equidna foi emprestada para algum estudo da maternidade negativa. Ao que parece, no meu parco entendimento, não.