Manual dos Monstros #10 – Tifão

Nesse episódio final do Manual dos Monstros, conheça o mito de Tifão, o mais poderoso monstro da mitologia grega.

Criação, roteiro e edição: Leonardo
Revisão: Nilda
Locução Narrativa: Marcela Ponce de Leon

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Padrim do Mitografias

5 comentários em “Manual dos Monstros #10 – Tifão”

  1. Show!! Para a próxima temporada poderiam ser explorados de outra mitologia, egípcia, por exemplo. Abraço!

  2. Muito legal mesmo!!! Sempre achei a representação de Tifão daquela série Hércules muito esquisita, era um gigante que estava mais para um tiozão que pra um monstro. Acho que gastaram toda a computação gráfica na Equidna.

  3. Alexandre Rodrigued Assumcao

    Antes de comentar, parabéns Leonardo, pela iniciativa e Marcela pela narração. Espero mais criaturas e seres fantásticos em uma outra série, quem sabe?
    Vamos lá.
    A criação. A obra. Se bela, todos buscam o seu autor. Todos admiram e idolatram sua paternidade. Apenas um pai divino poderia criar tamanha beleza. De onde ela vem? E o horror? Também tem um pai? Se o divino é gerado por uma mãe semeada por um criador, o profano, também não o é? O belo e o feio, o bem e o mal. criações de pais, opostos em conflitos, que também geram filhos. A obra de um conflita com a do outro. Será mesmo?
    A luta entre Tifão e Zeus mostra a luta das duas faces da moeda. De um lado, o pai do divino, do outro o pai do profano. Das essências que conflitam dentro de nós. Daquela que temos orgulho e mostramos aos outros. Da outra, que temos vergonha e tentamos esconder. Temos em nós Zeus e Tifão, o poder do Divino e do Profano em constante embate.
    Tifão é o monstro definitivo. Não por ser uma criação, mas por ser o deus criador de muitos monstros. É a paternidade negativa, que se por um lado produziu aberrações, por outros, através de suas criações, testou e aperfeiçoou os heróis criados pelo divino, em suas virtudes nascentes, tomando apenas pelo sincretismo da ideia, não importando as versões e origens.
    Zeus é o herói desta narrativa. Ele cresce graças ao desafio do deus oposto, o combate definitivo. Da mutilação e do flagelo, ele se redefine, se aprimora, abandona suas próprias imperfeições. Apesar de aparentar ser dual, separatista, de bem e mal, a mitologia grega trata a relação dos opostos como uma necessidade. Do seu conflito eterno, o divino se aprimora, assim como o mal retorna, com a falência das virtudes, para provocar o nascimentos de outras.
    A virtude que cai e o mal que passa a ocupar o espaço é como o esterco que aduba a terra. É malcheiroso, feio, depreciativo. Mas dele nascem novas plantas, que gerarão outras de infindável beleza, que morrerão, para novamente nascer, como a virtude. O mal ou o monstro é o impulsionador do bem, testando continuamente, aprimorando-o na obra eterna da criação.

Comentários encerrados.