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Nesse episódio do Papo Lendário, Leonardo, Ju Ponzi e a convidada Dra. Tupa Guerra para conversar sobre Lilith.
Conheça a narrativa onde Lilith é a primeira mulher de Adão.
Mas também ouça sobre quem originalmente era Lilith.
Entenda como é a imagem do feminino nesta personagem.
LINKS:
Podcast das participantes:
Magickando
Mundo Freak 238 – Deusas Sombrias
Dragões de Garagem
Benzina no Meião
Podcast Ponto G
RECADO do EPISÓDIO:
Muito bom o podcast. Lilith se reflete em várias crenças e civilizações, talvez mais pela apropriação da sua imagem para formar novos mitos, do que pela sua fonte original.
Na narrativa moral, ao se tornar o resultado da infração de uma conduta, (no caso o comportamento da mulher como esposa e devota da família, cuidando dos filhos e se submetendo ao marido), sofre o resultado contrário do que era considerado natural: torna-se um pária, cujo destino é perder-se, errar pela terra, conhecer seres pérfidos, se relacionar com eles e tornar-se uma anti-mãe, matando os filhos de uma família que não formou, por haver rejeitado um parceiro. Hoje é reinterpretada como uma mulher que escolheu seu destino e recusou o domínio patriarcal, sendo uma referência feminista. Basicamente, uma personagem, vista por diferentes percepções da realidade humana, e neste caso, a perspectiva feminina, em momentos históricos distintos.
Finalmente, a força do feminino, o mistério, o medo daquela que coloca a vida de fora de suas entranhas, daquela que representa a mãe, a irmã, a amada, a prostituta, a santa, a pecadora, a demônia, todos esses arquétipos, que são apenas um ser. Longe se se encaixar em apenas um deles, a mulher inspira os mais diversos seres, os mais contraditórios mitos e o reflexo de uma sociedade que tenta santificar ou demonizar aquela que tenta ou não se enquadra em seus ditames.
Muito bom o podcast, Tupá ignora o feminismo para explanar uma visão
científica dentro da perspectiva histórica, o cara do podcast biscoitero
total tentando mostrar um apoio feministo de sua parte haha (não
seriamos nós mimados feito Adão, todos nós humanos em nossas
particulares zonas de conforto?). Brincadeiras a parte, ótimo podcast,
ótimos pontos vista e explanados dentro da esfera científica analítica. A
estátua mencionada vi que seria da deidade suméria Ereshkigal ligada ao
submundo, regente do submundo na mitologia suméria. O que vemos é um
arquétipo de feminino sagrado negativo e/ou positivo que se repete em
diferentes culturas por intercambio cultural e/ou inconsciente coletivo.
O que faltou ser ressaltado foi o fato das midrash judácias (textos
criados por judeus para preencher as lacunas de seus textos sagrados), a
lenda judaica vai até a parte onde Lilith foge do Eden, após isso o não
existe mais lenda e começa a midrash criada para preencher a lacuna,
assim obviamente Lilith foi demonizada afim de enfatizar que a revolta
feminina séria um caminho de perdição para as mulheres hebraicas numa época muito patriarcal. Entretanto, deve-se ressaltar que
ideologias são forma de controle e se utilizam de mentiras brancas afim
de criar símbolos de auto afirmação e promoção ideológica, assim Lilith
como Safo e outras teve sua história alterada e moldada com mentiras
brancas apenas para fins ideológicos dentro do feminismo, assim o pragmatismo no podcast foi
importante para que não torna-se via ideológica de desinformação.