Pintura das 7 pleiades, todas de pele brancas, usando roupas tipicamente da Grécia Antiga, formam quase que um cículo e seguram com as mãos levantadas um fio do qual em certos pontos brilha, representando assim a constelação das plêiades

As Plêiades

As Plêiades são 7 ninfas filhas do titã Atlas e da ninfa Pleione (também chamada de Aethra), uma das oceânidas. Foram transformadas em pombas e colocadas no céu como estrelas para escapar do caçador Órion que as perseguia por cinco anos. Criando assim a constelação de mesmo nome. Outra versão diz que elas morreram de tristeza pela morte de suas meias-irmãs, as Hyades, ou quando seu irmão Hylas foi morto em um acidente de caça. Nesta versão seu número varia de sete a dez.

Por serem filhas de Atlas eram também chamadas de Atlântidas ou Atlagenes. Mas também conhecidas como Peleiades ou Dodonides. Quando consideradas como um grupo de 7, fazem parte: Alcione, Asterope, Celeno, Electra, Maia, Merope, e Taigete.

Calímaco traz um poema onde elas eram filhas da rainha das Amazonas, nesse poema elas eram Cocimo, Estoníquia, Gláucia, Maia, Lâmpado, Partênia, Prótis. As vezes Calipso e Dione também são consideradas plêiades.

Alcione

Alcione foi uma ninfa plêiades amada pelo deus Poseidon. Seu nome significa “forte ajudante” das palavras gregas alkê e oneô (oninêmi).

Asterope

Ninfa plêiades da cidade de Pisa em Elis (sul da Grécia). Ela era amada pelo deus Ares e deu à luz Oinomaos, o bárbaro rei fundador de Pisa. Por ser mãe de Oinomaos, é também identificada com a ninfa Harpina.

Celeno

Ninfa plêiade também amada pelo deus Poseidon, com quem teve Lycus e Nycteu. Celeno foi identificada com a ninfa Klonie.

Electra

Pleiade amada por Zeus que lhe deu dois filhos, Dardano, ancestral da família real troiana, e Iasion, fundador dos Mistérios Samotracianos. Um outro filho que as vezes lhe é atribuido é Ématon, um dos reis na Samotrácia. A ela também foi confiada a criação da filha ilegítima de Afrodite, Harmonia. Ou mesmo que ela e Zeus sejam os pais de Harmonia.

A quem diga que Electra não aparece no céu porque se pensa que as plêiades lideram a dança circular para as estrelas, mas depois que Tróia foi capturada e seus descendentes através de Dardanos derrubados, movido pela dor, ela os deixou e tomou seu lugar no círculo chamado Ártico. A partir disso, ela aparece, em luto, com os cabelos soltos, e por isso, é chamada de cometa.

Maia

A mais velha e mais famosa das Plêiades. Maia era uma deusa tímida que morava sozinha em uma caverna perto dos picos do Monte Cilene, na Arcadia, onde secretamente deu à luz o deus Hermes, filho Zeus.

Após Calisto ser transformada em ursa, Maia foi quem criou o filho dela Arcas, em sua caverna. As vezes identificada com Gaia, Ésquilo chama Gaia de Gaia Maia, e coloca seu filho como Hermes Ctonico.

Existiu uma divindade de mesmo nome em Roma, que inicialmente não era a mesma Maia grega, mas que foi incorporada com o tempo. E dessa deusa romana é que surgiu o nome do mês de Maio.

Lost Pleiad, de William Adolphe Bouguereau. Pintura de uma plêiade, voando no céu com nuvens, nua de pele clara, vista de costas. Sendo procurada ao longe pelas demais plêiades

Mérope

Mérope era uma plêiade esposa do rei Sísifo, com quem teve Glauco, e ancestral das casas reais Coríntia e Lícia. Merope estava tão envergonhada dos crimes de seu marido que escondeu o rosto no céu, fazendo com que a sétima estrela das Plêiades desaparecesse aos poucos da vista. Algumas versões a colocam como mãe de Dédalo.

Taigete

Taigete (ou Taigeta) é outra plêiade amada por Zeus, o deus se uniu a ela enquanto a plêiade estava desmaiada. Desse ato ela teve Lacedemônio, o ancestral da realeza espartana, no Monte Taígeto, na Lacônia, para onde ela fugiu envergonhada.

Algumas versões dizem que ela foi transformada em corça por Artemis para escapar dos avanços de Zeus. Em outras de que ela era a Corça de Cerineia, capturada por Héracles em seu terceiro trabalho.

Veja mais

Fontes:
ATSMA, Aaron J. Pleiades. Theoi, 2021. Disponível em: https://www.theoi.com/Nymphe/NymphaiPleiades.html . Acesso em: 01/05/2022.
BRANDÃO, Junito de Souza. Dicionário Mítico-Etimológico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
COLEMAN, J.A. The Dictionary of Mythology An A-Z of Themes, Legends And Heroes. Londres: Arcturus, 2007
HESÍODO. Teogonia. Tradução, introdução e notas de Christian Werner. São Paulo: Hedra, 2013.