Seres das Trevas

Por Daniel Silva

Eram criaturas terríveis, em que os Eslavos acreditavam e temiam, combatidas pelos heróis épicos.

Vampiros: Almas que se apegavam com teimosia á vida voltavam aos seus corpos, transformando-se em vampiros. Para manter sua “vida” eles necessitavam de se alimentar constantemente de sangue humano, vagando portanto á noite pelos campos, a procura de vitimas adormecidas, bêbadas ou desavisadas. Sua marca era a total renúncia à luz do dia, sua impossibilidade de se refletirem em espelhos, sua fraqueza diante de prata entre outras coisas. A maneira certa de matá-lo era usando um crucifixo, ou expondo a criatura á luz do dia. Mais tarde, em virtude da fama de Vlad Tepes (Vlad, o empalador) também se podia matar o vampiro enfiando uma estaca em seu coração. Esse mito eslavo inspirou a célebre obra de Bran Stocker, Drácula. Os vampiros eram combatidos pelos aldeões através do uso de certas plantas como o alho e mais tarde, já na época da cristianização, com a água benta e objetos consagrados.

Fantasmas: Espíritos de pessoas cruéis ou que sofreram muito, e que passam a assombrar o mundo dos vivos, em especial o lugar em que morreram. Eram por vezes confundidos com os espíritos silvestres.

Dragões: Como na maioria da mitologia dos povos da antiga Europa, a figura do dragão era temível e temida, devido ao seu hálito de fogo e a malignidade desses seres. Eles costumavam morar em locais inacessíveis, de onde emboscavam incautos e os matavam, e protegiam grandes tesouros. Foram muito combatidos pelos heróis eslavos.

Lobisomens: As pessoas que nasciam com certas marcas de nascença em geral eram consideradas lobisomens. Lobisomens eram seres que podiam se transformar em lobos a seu bel prazer, e em noites de lua cheia transmutavam-se num híbrido entre ambos, para cometer violências pelos campos e cidades até o alvorecer. Eram muito relacionados com os vampiros, a quem tinham como mestres. Um lobisomem em vida seria um vampiro na morte.

Rusalkas: A alma de crianças e donzelas mortas afogadas se transformavam em Rusalkas, uma espécie de ninfa dos lagos e rios, cujo canto maravilhoso atrai os homens para a morte. Podiam assumir a forma de mulheres de bela aparência, e ás vezes eram encontradas em terras, especialmente no alto de carvalhos.